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As primeiras lágrimas que o Futebol me Roubou

Estamos perto de mais um majestoso decisivo (ok, talvez o decisivo seja redundância), o que me fez lembrar das primeiras lágrimas que o futebol me tirou.

O ano era o de 1997. Eu, um jovem são paulino, começava a me apaixonar de verdade pelo futebol, pelo São Paulo. Vivíamos tempos difíceis, longe das decisões de outrora, mas é justamente nesses tempos que as paixões se afloram.

Na minha memória, existiam algumas lembranças muito boas; meu pai me acordando de madrugada pra assistir a final do mundial; o dia seguinte na casa dos meus tios comemorando o fato de sermos os donos do mundo, pela segunda vez; piadas com os amigos palmeirenses, corintianos, santistas...

Mas a segunda metade dos anos 90 foi cruel para nós são paulinos, não se via mais títulos, não levantávamos mais taças, não éramos mais os donos do mundo, do Brasil, nem se quer de São Paulo, e dessa vez, eram os palmeirenses, corintianos e santistas que me atormentavam, tínhamos nos tornado o lado mais fraco do trio de ferro paulista.

Entretanto, em 1997, uma chance, enfim eu teria novamente uma chance de comemorar um titulo, de ver meu pai sorrindo ao assistir um jogo do Tricolor, de sair pra comemorar com meus tios, e principalmente, de ir à escola vestindo a camisa tricolor.

Por que quando se faz 4º ou 5º série, poder “zoar” seus amigos que torcem pra times rivais é uma das atividades mais prazerosas do período escolar.

Infelizmente as coisas não aconteceram como eu imaginava, André Luis chutou uma bola pra dentro da área, bola que achou de tocar justo no calcanhar de Rogério Ceni e morrer no fundo do gol são paulino, junto com minhas esperanças de rever meu São Paulo campeão.

“Não podia ser, era culpa desse Rogério, que goleiro horrível, não pode pegar no gol do meu time. Pra quem estava acostumado com Zetti, ser obrigado a agüentar um goleiro que faz gol contra em final é o cumulo.”

Se você é torcedor, sabe que isso acontece, é paixão, fazer o que. Sei que o Rogério me entenderia.

Aquele jogo acabou 1 x 1, o truculento Bordon ainda igualou o placar, de cabeça. Mas como o empate era do Corinthians, perdemos mais um título, e só me restava tentar dormir. Acontece que sempre que eu fechava os olhos, me vinha à cabeça o gol de André Luis, e eu, no auge dos meus 11 anos, chorava, chorava copiosamente, foram as primeiras lágrimas que o futebol me roubou.

No dia seguinte, tive coragem, e me vi, pela primeira vez, como um São Paulino de coração. Fui pra escola vestindo a camisa tricolor.

1 comentários:

hauhauaau.. will jogou duro em.. kkkk

97 foi um ano brillhoso pra mim tb,,... edmundo era o animal.. kkkk

gostei..


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